segunda-feira, 1 de março de 2010

Chassi Grupo Z - PN SLot Análise (Slot Portugal)

Análise do Chassi 1/28 da PN Slot no Fórum Slot Portugal:

http://board.slotportugal.com/index.php?showtopic=1882&pid=17800&st=0&#entry17800

''Como não poderia deixar de ser, depois do artigo do Xlot, tínhamos que apresentar aos nossos leitores o chassi GrupoZ da PN Slot.



Como sabem, há diversas pistas a realizarem provas deste chassi, inclusive a própria PN tem feito um esforço para divulgar este chassi, promovendo uma digressão competitiva em diversas pistas do país. Isso tudo despertou nossa curiosidade.



Normalmente apresentamos as especificações do fabricante, mas isso não foi possível, pois não encontrei esta informação no sítio da PN SLOT. Entrei em contacto com o representante português através do seu sítio, mas até agora sem resposta. A única informação que tenho é o motor, um PN SLOT Laser, que em sua caixa não apresenta nenhuma especificação mais técnica. Apesar disso, acabei por pesar o carro, sendo o chassi responsável por 128,6 gramas, a carroçaria TRP 39 gramas e a Kyosho 36,5 gramas.



A impressão inicial é muito positiva, com um acabamento limpo e sem falhas aparentes em todo o chassi. As jantes são lindas, mas será pouco provável a sua utilização, pois os pneus de série são apenas para decoração, e não são próprios para competição. O patilhão é pequeno, ou melhor, não é do tamanha habitual em chassis GrupoZ, sendo semelhante aos utilizados nos carros de plástico escala 1:32. O suporte para a carroçaria é padrão MiniZ, com encaixe a frente e nas laterais. Isso significa que estamos diante de um modelo supostamente criado apenas para este tipo de carroçaria.



Nossa intenção foi testar o modelo com uma regra de troféu. Seleccionamos as regras do Interclubes 1:28, pois tem mais haver com GrupoZ do que outros regulamentos que andei a pesquisar. Antes de levar o modelo a pista, montamos a carroçaria Renault Megane da TRP Scales. A montagem foi simples e rápida, mas tenham atenção ao colorem o suporte de encaixe ao chassi, pois a altura e a posição vão influenciar na altura da carroçaria em relação ao chassi.



Com tudo em mãos, vamos as afinações. Apesar do regulamento permitir transmissão livre, vamos manter a de série. Começamos a trabalhar para conseguir a altura mínima indicada na regulamento, 0,8mm. Infelizmente, tanto o eixo traseiro como o dianteiro, não tem afinação de altura, tivemos que ficar nos 0,7mm, isso porque as rodas disponíveis, e não eram poucas, deveriam ser lixadas em pelo menos 1mm para montar no modelo, e isso daria cabo de um par de rodas, pois pela altura que ficariam não seria possível reutiliza-las.



Como não estava disposto a baixar os pneus, acabei por montar um par de rodas utilizadas no último campeonato GrupoZ que participei, e fiquei mesmo nos 0,7mm de altura do chassi a pista. A largura das rodas ficaram além da carroçaria, também fora do regulamento, mas espero que o Luís Pedro Paula me perdoe por usar como referencia seu regulamento em testes de modelos Slot.



Ultrapassado o problema da altura, seguimos para o patilhão. Aqui há um pormenor interessante. Há três parafusos com molas no chassi, um deles, o que está na mesma direcção do patilhão e mais próximo do motor, conseguimos afinar alguma coisa na altura do patilhão, mas muito pouco. Com esses três parafusos, é possível afinar a basculação e o movimento horizontal do eixo dianteiro, e nada mas.



Colocamos a carroçaria, ajustamos a basculação, e deixamos um pouco de movimento horizontal no eixo dianteiro, mas mesmo muito pouco, pois com a vibração o parafuso poderia afrouxar e prejudicar o movimento. Aqui o ideal seria uma cola para fixar o parafuso e garantir o mesmo movimento horizontal durante muitas voltas, mas optamos por deixar assim.



Lubrificamos as partes e iniciamos nossas voltas. Com a pista nos 14,8 volts, a primeira impressão foi muito positiva, pois o carro tem um comportamento seguro, estável, mas não podemos exagerar na entrada das curvas mas apertadas, pois a carroçaria é alta. Antes de continuar, tivemos que substituir as patilhas, pois as de série são mesmo muito mal, em poucas voltas já estavam em péssimo estado.



Voltamos a pista e apenas com voltas seguras, embora rápidas, conseguimos marcar um bom tempo 6,721. Sem nos preocuparmos com a regularidade, apertamos mais o dedo e ficamos nos 6.682. Este tempo é bom, mas não excelente nesta pista, pois com este carro poderíamos ir mais rápido. Como o comportamento do carro era mesmo muito bom, resolvemos investir no motor para melhorar este tempo.


Para não alterar o motor de série, elevamos a tensão da pista para os 16.8 volts, dando mais RPM ao modelo. Com esta alteração já conseguimos ir além e sermos mais audaciosos. Fechamos os testes com 6.425 sendo que a média confortável fica nos 6.5 altos e o carro com uma performance mais adequado para o que se propõe. No final de aproximadamente 420 voltas, a carroçaria já tocava na pista, o que significa que os 0,7mm já tinha sido ultrapassados pelo consumo do pneu. Mas uma vez, a falta de afinação na altura não nos permitiu continuar e tentar chegar ainda mais além.



Pelo que vimos e apresentamos aqui, concluímos que a PN construiu um chassi para provas limitadas com carroçarias MiniZ, algo que limitará em muito a sua utilização em provas com outras marcas de chassi, visto que a presença desta escala no catalogo de alguns fabricantes está a aumentar significativamente. A nível de afinação, como podem constatar, é mesmo muito limitado, estando mais próximo dos carros de plástico do que os de metal, além disso, o modelo merecia um motor mais potente de série.


De todos os pontos assinalados, a ausência de afinação na altura dos eixos é incompreensível neste tipo de chassi. Além disso, o suporte do motor deveria permitir a montagem em posição angular, largamente utilizada em todas as modalidades de slot.


A impossibilidade de utilização de outras carroçarias na escala 1:28, não é assim tão grave, mas apesar do preço, a oferta de carroçarias MiniZ é muito diversificada e facilita o processo de montagem, embora os MiniZ não sejam 1:28. Para encerrar, os custos para montar um modelo, apenas para participação de troféus é elevado, passando dos 100 euros em Portugal. Mas atenção aos regulamentos, pois em alguns clubes o valor pode ser ainda maior.

Os testes foram realizados na pista Estoril Challenger V2010.

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